O Departamento de Estado dos EUA disse na quinta-feira que hackers levaram cerca de 60 mil e-mails, embora nenhum deles confidencial, em um ataque que a Microsoft atribuiu à China.
A Microsoft revelou em julho que um grupo de hackers chinês violou sua plataforma de e-mail e acessou mensagens de cerca de 25 organizações, incluindo agências governamentais dos EUA.
“Foram aproximadamente 60 mil e-mails não confidenciais que foram vazados como parte dessa violação”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos repórteres.
“Os sistemas classificados não foram hackeados. Isso está relacionado apenas ao sistema não classificado”, disse ele.
Miller disse que o Departamento de Estado não atribuiu formalmente a culpa, mas não tinha motivos para duvidar da conclusão da Microsoft de que os hackers eram da China.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, levantou a questão dos hackers em julho, quando se encontrou com o alto funcionário chinês Wang Yi em Jacarta, à margem de uma reunião no Sudeste Asiático.
Os Estados Unidos descreveram a China como seu principal concorrente, com Blinken dizendo na quinta-feira que Pequim estava determinada a substituir os Estados Unidos como a maior potência mundial.
Um relatório do Departamento de Estado divulgado na quinta-feira alertou em termos terríveis sobre os esforços da China na esfera da informação, dizendo que o “autoritarismo digital” e a desinformação de Pequim poderiam remodelar o mundo se não fossem controlados.