A evolução da privacidade na era digital tem ganho destaque por mudanças significativas na forma como as informações pessoais são recolhidas, armazenadas e partilhadas. Inicialmente, o panorama digital oferecia uma sensação de anonimato e liberdade, mas à medida que a tecnologia avança e beneficia com a recolha de dados começaram a surgir preocupações com a privacidade.

Com o conjunto de tecnologias a ficar cada vez mais inteligente e personalizado a cada utilizador, a discussão em torno da privacidade torna-se mais crucial.

Proteção dos dados pessoais

A privacidade no contexto da inteligência artificial (IA) considera a proteção dos dados pessoais e a autonomia dos indivíduos no controlo da informação que partilham. À medida que os algoritmos de IA processam e analisam estes dados, conseguem tomar decisões mais precisas e fazer previsões exclusivas a cada indivíduo. Ferramentas como antivírus, firewalls, VPNs, password manager e software de encriptação tornaram-se imperativos para os utilizadores navegarem em segurança. Por exemplo, a aplicação de ExpressVPN para Mac e Windows permite uma segurança acrescida na navegação de forma anónima, proteção contra DDoS e acesso ao conteúdo em qualquer localização. 

A crescente sofisticação da IA suscita preocupações quanto à transparência e à responsabilidade dos algoritmos, já que estes podem ser utilizados para utilizações contributivas mas também explorados para atividades intrusivas ou criminosas. Estes dados incluem frequentemente informações pessoais sensíveis, que vão desde dados biométricos, historial de navegação e informações de pagamentos. Em especial nas redes sociais, a quantidade de conteúdo criado por utilizadores torna a moderação do que é real ou contencioso um desafio para os algoritmos. Ferramentas de verificação de factos como o site Lusa – Combate Fake News são uma das abordagens mais recentes que visam manter a integridade e autenticidade do conteúdo noticioso nos meios de comunicação. Por outro lado, à medida que os sistemas de IA se tornam mais complexos, fica mais difícil compreender como chegam às decisões e como são partilhadas nos meios de comunicação ou nas redes sociais. 

Esta complexidade pode ter implicações significativas para a privacidade, especialmente em contextos em que as decisões baseadas na IA influenciam aspectos importantes da vida das pessoas, como o acesso a serviços financeiros, conteúdo falso ou de impersonação. Garantir a transparência dos algoritmos de IA e estabelecer mecanismos de responsabilização são passos essenciais para defender os direitos de privacidade.

Ferramentas de IA e aprendizado de máquina

A plataforma Google Gemini e a ChatGPT são dos líderes na capacitação de IA com o utilizador e apresentam uma das capacidades revolucionárias da atualidade, o aprendizado de máquina. Essa capacidade tornou-se numa ferramenta muito poderosa mas também preocupante, em especial em como os sistemas de IA aprendem e desenvolvem as suas narrativas. Ademais, esse aprendizado é maioritariamente introduzido por utilizadores e através de dados pessoais, revelando algumas questões na confidencialidade e fiabilidade do resultado da informação prestada pelas plataformas.

Por essa razão, existe um elevado foco em validar as informações partilhadas nos sistemas de IA que necessitam de medidas de segurança robustas para evitar o acesso, recolha não autorizada ou violações de dados que possam comprometer a privacidade dos indivíduos. A encriptação, as técnicas de anonimização e os protocolos de armazenamento seguro de dados estão entre as ferramentas utilizadas pelas plataformas de IA mais populares para mitigar estes riscos.

À medida que sistemas e plataformas de inteligência artificial proliferam nas atividades digitais surgem novas preocupações de segurança e de privacidade. A proteção da privacidade tornou-se num elemento fundamental para o desenvolvimento e a implantação responsáveis das tecnologias de IA. Encontrar o equilíbrio entre o aproveitamento da IA e a defesa dos direitos de privacidade é essencial para construir um futuro digital e sustentável onde a IA serve como uma ferramenta que capacita a sociedade, respeitando a sua autonomia e dignidade.

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António César de Andrade

Apaixonado por tecnologia e inovação, traz notícias do seguimento que atua com paixão há mais de 15 anos.