Não é de hoje que os videogames fazem a cabeça dos jovens ao redor do mundo, principalmente em território brasileiro, que tem se tornado um mercado de cada vez mais ascensão e até mesmo se tornando uma profissão bastante rentável.
Segundo uma pesquisa realizada pela Superdata, os gastos em março de 2020 chegaram a R$ 56 bilhões em jogos online – um recorde se compararmos com o mesmo mês do ano anterior.
Com a pandemia, as transações financeiras feitas nos principais consoles e plataformas cresceram 140% em 2020, se formos comparar com 2019, segundo um estudo realizado pela bandeira de cartões Visa.
E, confirmando isso, 75,8% dos gamers brasileiros afirmam ter jogado mais durante o período de isolamento social, segundo um levantamento realizado pela Pesquisa Game Brasil 2021 (PGB). O estudo foi realizado com 12.498 pessoas, ao longo de todo o território brasileiro. O crescimento do uso de games traz uma nova onda de oportunidades para empresas, refletidas em uma demanda no mercado de trabalho.
O que os gamers fazem?
Além de desenvolver o jogo, ainda dá para ganhar dinheiro jogando. Os gamers profissionais ganham dinheiro jogando em competições, com patrocínios, publicidade, venda de produtos e até mesmo monetizando, através de plataformas como Steam e YouTube.
Essa carreira demanda os mesmos esforços de um atleta profissional, pois precisa treinar todos os dias para afiar suas táticas e estratégias para conseguir superar seus adversários.
O gamer, em muitos meios, já é considerado um esportista digital. Mesmo com ressalvas, o Comitê Olímpico foi favorável a realizar a inclusão de jogos eletrônicos, e, em abril de 2021, foi anunciada a Olympic Virtual Series, o primeiro evento com licença olímpica voltado para esta modalidade de esportes.
Visando uma formação mais adequada, as Gaming House foram criadas. Com computadores de última geração, os estudantes possuem uma rotina de oito a 12 horas de práticas e estudos de jogos, com a orientação de um técnico, além de análises e discussões sobre partidas e estratégias de adversários.
O que é necessário para se tornar um gamer profissional?
Como em qualquer outra carreira, é necessário dedicação e esforço constantes. Fora que, além de boas táticas, é necessário ter uma boa comunicação, encontrar um time engajado e outras condições que favoreçam o sucesso dessa empreitada.
Estudos
Neste ponto, os pais têm um papel crucial para incentivar os filhos na hora dos estudos. Uma das formas é gravar as partidas, sejam as dele, ou de outro jogador, e eles podem ver onde erraram e onde precisam melhorar, tornando uma excelente tática para o desenvolvimento.
O estudo de dinâmica e mecânica dos jogos também é muito importante, como o estilo do game e conhecer seus macetes, fazendo com que o jogador consiga deduzir os movimentos do adversário, mesmo sem uma estratégia evidente.
Equipamentos
Aqui, temos um grande empecilho. Atualmente, os equipamentos para jogos são relativamente caros, principalmente os da categoria gamer, como cadeira, monitor, mouse, headset, teclado, entre outros, porém dão uma diferença gritante no desempenho.
Mas isso demanda investimento, que, muitas vezes, é viabilizado através de um empréstimo pessoal, sempre visando retorno financeiro, ainda mais considerando que é uma profissão altamente rentável.
Limites
Delimitar um tempo fora das telas é essencial também, ao incluir regras como alimentação balanceada, exercícios físicos e uma boa noite de sono, pois podem fazer uma grande diferença na performance e ainda evitar problemas futuros, como problemas na vista, ou até mesmo na coluna.
Psicológico
A área de games nem sempre é uma área saudável, e, além do que, a pressão dos colegas de time e de torcedores pode exercer um estresse maior do que o gamer está acostumado. Aprender a lidar com essas situações e contar com acompanhamento profissional é essencial para manter a saúde mental em dia.