O lançamento de hoje acontece apenas alguns meses após a tentativa fracassada do Irã de lançar um satélite de imagens da Terra em fevereiro. O foguete para essa missão decolou conforme planejado, mas não conseguiu colocar o satélite em órbita. O programa espacial do Irã também sofreu um grande revés em agosto do ano passado, quando um foguete explodiu em uma plataforma de lançamento iraniana antes de uma missão planejada para o espaço. Após a explosão, o presidente Trump twittou uma imagem incrivelmente detalhada da plataforma de lançamento arrasada tirada de cima, provavelmente tirada de um satélite espião classificado do Escritório Nacional de Reconhecimento.
O governo dos EUA condenou por muito tempo as ambições espaciais do Irã, alegando que o país poderia facilmente usar a tecnologia de foguetes que desenvolveu para criar um míssil balístico capaz de portar armas nucleares. Após a explosão da barra de lançamento em agosto, os EUA instituíram novas sanções ao programa espacial do Irã.
"Os Estados Unidos não permitirão que o Irã use seu programa de lançamento espacial como cobertura para avançar em seus programas de mísseis balísticos", disse Michael Pompeo, secretário de Estado dos EUA, em comunicado em 3 de setembro. “A tentativa do Irã em 29 de agosto de lançar um veículo de lançamento espacial ressalta a urgência da ameaça. Essas designações devem servir de aviso à comunidade científica internacional de que a colaboração com o programa espacial do Irã poderia contribuir para a capacidade de Teerã de desenvolver um sistema de entrega de armas nucleares. ”
O Departamento de Estado ainda não comentou este último lançamento.
Este não é o primeiro lançamento de satélite bem-sucedido para o Irã. O país instalou seu primeiro satélite de comunicações em 2009, seguido por alguns lançamentos bem-sucedidos nos anos seguintes. No entanto, o Irã sofreu uma série de falhas de lançamento desde 2017.
O lançamento do Irã acontece enquanto o país continua a combater um surto grave de COVID-19. Atualmente, o país está registrando mais de 85.000 casos do vírus e mais de 5.000 mortes.
