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O universo é mais estranho do que você pode imaginar, e nas profundezas do espaço, existem exoplanetas selvagens e estranhos para serem encontrados – planetas com rios brilhantes de lava, ou planetas sob forças gravitacionais tão fortes que têm a forma de uma bola de futebol. Podemos acrescentar a esta lista outra classe de planetas estranhos, aqueles sobre os quais chove diamantes.

Acredita-se que o efeito da chuva de diamantes ocorra nas profundezas de gigantes de gelo como Urano e Netuno, e foi recriado em um laboratório aqui na Terra em 2017. Agora, os pesquisadores descobriram que esse efeito não é apenas um acaso raro, mas pode ser mais comum do que se pensava anteriormente.

A chuva de diamantes pode ocorrer em planetas gigantes de gelo na presença de oxigênio.
A chuva de diamantes pode ocorrer nas profundezas dos planetas gigantes de gelo e é mais comum na presença de oxigênio. Greg Stewart/SLAC National Accelerator Laboratory
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O grupo internacional de pesquisadores que trabalham com o SLAC National Accelerator Laboratory criou anteriormente o efeito da chuva de diamantes, colocando hidrogênio e carbono sob pressões extremamente altas. Mas nesta nova pesquisa, eles queriam tornar as condições mais realistas para como seria o interior de um planeta gigante de gelo, incluindo também outros elementos que estariam presentes, como o oxigênio.

Para simular essa mistura de produtos químicos, os pesquisadores usaram um material familiar – plástico PET, como aquele usado em boas embalagens, que acaba sendo quimicamente semelhante às condições que eles queriam criar. “O PET tem um bom equilíbrio entre carbono, hidrogênio e oxigênio para simular a atividade em planetas de gelo”, explicou um dos pesquisadores, Dominik Kraus, da Universidade de Rostock.

Os pesquisadores usaram um laser de alta potência para criar ondas de choque no plástico e observaram como os raios-X ricocheteavam nele. Isso permitiu que eles vissem como pequenos diamantes estavam se formando. Os diamantes produzidos no experimento eram muito pequenos, chamados nanodiamantes, mas a cerca de 5.000 milhas abaixo da superfície de um gigante de gelo, diamantes muito maiores poderiam se formar, onde cairiam em direção ao núcleo gelado do planeta. Os diamantes podem até afundar no núcleo e formar uma espessa camada de diamante.

Nos novos experimentos, a equipe descobriu que, quando incluíram oxigênio, os nanodiamantes cresceram a temperaturas e pressões mais baixas, o que significa que a presença de oxigênio torna mais provável a formação de chuva de diamantes. “O efeito do oxigênio foi acelerar a divisão do carbono e do hidrogênio e, assim, estimular a formação de nanodiamantes”, disse Kraus. “Isso significava que os átomos de carbono poderiam se combinar mais facilmente e formar diamantes.”

Com essa descoberta, os pesquisadores agora querem tentar os experimentos novamente e incluir produtos químicos como etanol, água e amônia para modelar ainda mais de perto os ambientes dos gigantes do gelo.

“O fato de podermos recriar essas condições extremas para ver como esses processos se desenrolam em escalas muito rápidas e muito pequenas é emocionante”, disse o cientista e colaborador do SLAC Nicholas Hartley. “A adição de oxigênio nos aproxima mais do que nunca de ver a imagem completa desses processos planetários, mas ainda há mais trabalho a ser feito. É um passo no caminho para obter a mistura mais realista e ver como esses materiais realmente se comportam em outros planetas.”

A pesquisa foi publicada na revista Science Advances.






Com informações de Digital Trends.

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António César de Andrade

Apaixonado por tecnologia e inovação, traz notícias do seguimento que atua com paixão há mais de 15 anos.