Passos de bebê
Baby Steps é irritante.
Um simulador de caminhada em terceira pessoa no sentido mais literal da palavra, Baby Steps é um jogo de exploração de mundo aberto de Gabe Cuzzillo, Maxi Boch e Bennett Foddy, e foi feito para mexer com você. Você controla um idiota de 35 anos chamado Nate e, por algum motivo, Nate não consegue fazer nada sozinho – inclusive caminhar. Cada um dos gatilhos do seu controlador seleciona um dos pés de Nate, enquanto o botão analógico esquerdo controla como ele se inclina. Então você pressiona um gatilho para pegar um pé, inclina-se para frente com o manche e o coloca no chão. Um passo. Então você pega o outro pé com o outro gatilho, inclina-se para frente com o manche e o coloca no chão. Outro passo. Se bagunçar qualquer uma dessas operações, você desequilibrará Nate, que tombará e cairá no chão como um peixe jogado no convés de um barco.
Então você faz isso de novo e de novo. Para escalar uma montanha.
Sim, isso pode ser irritante. Também é muito engraçadoem mais de uma maneira. Assistir Nate cair de um penhasco ou cair em um rio lamacento é extremamente ridículo. O que torna Baby Steps brilhante é que ele sempre tira sarro de você. Mas não apenas você – ele mesmo também. E não apenas você e ele mesmo, mas o próprio conceito de videogame, pois pergunta o que exatamente há em nossos cérebros estúpidos que nos faz insistir em fazer isso conosco mesmos?
Baby Steps é um jogo que brinca com você por pegar um controle em primeiro lugar, mas faz isso por amor. Com suas excelentes performances e mundo e personagens ridículos, é também uma alegria explorá-lo – ao mesmo tempo em que foi projetado tão bem que é divertido de jogar e ao mesmo tempo insuportável. É um jogo que lembra você de não levar tão a sério a exigência de “pegar o gud”, ao mesmo tempo em que é implacável – e hilário. — Phil Hornshaw
