Há um interesse crescente em enviar missões tripuladas à lua, e não apenas por alguns dias, como aconteceu no programa Apollo, mas por períodos mais longos de semanas ou até meses. Para uma missão de longo prazo como essa, qualquer tripulação de astronauta precisaria de um habitat onde pudesse viver e trabalhar durante o tempo na superfície lunar – portanto, será necessário um novo tipo de estrutura lunar. Qual é a melhor maneira de construir um habitat lunar? Essa é uma pergunta que várias agências espaciais e empresas privadas estão ponderando. A Agência Espacial Européia (ESA) compartilhou recentemente uma ideia, que é criar uma base lunar inflável.
A ideia é pré-fabricar estruturas leves que possam ser compactadas em um pequeno espaço para transporte e serem infladas assim que a tripulação chegar à lua. As estruturas seriam enterradas sob vários metros de solo lunar, chamado regolito, para proteger os astronautas e seus equipamentos da radiação. E na superfície, seriam colocados espelhos que rastreavam o sol e o refletiam em direção a uma estufa onde as plantas poderiam ser cultivadas para produzir oxigênio.
O projeto, da empresa austríaca Pneumocell, foi recentemente submetido à ESA e apresenta várias vantagens em relação a outros conceitos de habitat. Uma grande vantagem é a natureza leve das estruturas infláveis, pois há limites de peso rígidos sobre o que pode ser lançado no espaço e mais peso requer mais combustível e um foguete maior. Outra vantagem é a modularidade do sistema, permitindo que diferentes estruturas sejam adicionadas conforme necessário para diversas missões.
Em seu relatório sobre o projeto, a Pneumocell diz que o habitat poderia ser lançado com os foguetes atualmente disponíveis. “Verificamos quais das naves existentes ou planejadas poderiam ser usadas para transportar o material e os astronautas para o local lunar, onde o habitat deveria ser construído”, afirma o relatório. “Enquanto a SpaceX Starship seria claramente capaz de transportar os componentes necessários para a Lua, nosso conceito também poderia ser realizado com a ajuda de foguetes menores como o Ariane-64, em combinação com o planejado European Large Logistics Lander.”
O relatório afirma que o próximo passo seria construir um protótipo do habitat na Terra para verificar seu desempenho em condições do mundo real.
Com informações de Digital Trends.