Revisão de Soulstice: um retrocesso AA agradável com uma falha fatal

Muitas vezes vejo pessoas lamentando que os jogos AA de orçamento médio que dominaram a era PlayStation 2 e Xbox original não existam mais, mas isso não poderia estar mais longe da verdade na década de 2020. Editoras como THQ Nordic, Focus Entertainment, Nacon e Modus Games estão dando aos estúdios de pequeno e médio porte os orçamentos para criar jogos ambiciosos, se não altamente polidos. Como tal, acho que os jogos dessas editoras são alguns dos mais interessantes do mercado, então fiquei particularmente intrigado com o jogo de ação de fantasia da Modus Games e Reply Game Studios Soulstice.

Um estúdio de jogos italiano desenvolvido Soulstice, mas parece algo que teria vindo de um desenvolvedor japonês no PS2 ou PS3 nos anos 2000. Embora seu título e cenário possam levar você a acreditar que é um Soulslike, na realidade, este jogo funciona como Devil May Cry e muitos dos títulos de ação da PlatinumGames. Soulstice está longe de ser perfeito por causa de sua câmera terrível e falta de ambientes diversos, mas é tão seriamente inspirado e criativo que eu recomendo aos intrigados que ainda dêem uma olhada.

Os laços que unem

Do começo, Soulstice não esconde sua inspiração. Como o início de baioneta, os jogadores lutam contra hordas de inimigos enquanto estão totalmente energizados em uma plataforma que parece estar caindo infinitamente. Depois de um confronto climático contra um poderoso inimigo, porém, as coisas desaceleram quando o jogo volta para os protagonistas Briar e Lute lentamente remando em direção a Ilden, uma cidade completamente destruída por um rasgo no céu.

Neste mundo, as pessoas passam “além do véu” quando morrem, mas algo fez com que esse véu cobrisse a cidade, matando ou corrompendo todos dentro dela. Briar e Lute são uma Quimera, uma guerreira superpoderosa criada depois que quase morreram e foram fundidas contra sua vontade, e são enviadas para Ilden para investigar e lidar com a ameaça. É uma abertura atraente e intrigante, e enquanto a dublagem pode soar exagerada, Soulstice o mundo e os personagens são cuidadosamente elaborados de uma maneira que deve agradar aqueles que gostam de mergulhar na tradição dos videogames.

Sua apresentação e cinematografia também mostram inspiração de animes e mangás como Furioso e Claymore, com guerreiros fortemente blindados e espadas gigantes em abundância. Sua história também tem alguns temas surpreendentemente profundos sobre relacionamentos tóxicos, seja com pessoas ou organizações, e Soulstice é embalado até a borda com cenas entre toda a ação. Os jogos de orçamento médio geralmente lutam para contar histórias consistentemente envolventes, mas esse é um lugar Soulstice não falha. O orçamento mostra principalmente na dublagem e na falta de variedade de cenários.

Quase todas Soulstice acontece dentro de Ilden e, embora seja um cenário bem realizado, falta pop visual para grande parte da experiência. Ilden é uma cidade muito cinzenta, e a maior parte do jogo se passa em ruas de paralelepípedos medievais, prédios e esgotos que não são muito distintos uns dos outros. É perceptível em comparação com desenvolvedores como PlatinumGames, que normalmente é bom em mudar constantemente a configuração e a fórmula visual do jogo para manter as coisas envolventes.

Soulstice tem alguns momentos que agitam os visuais, mas seu cenário limitado me deixa ansiando por uma aventura itinerante se isso se tornar uma série. Mas em um jogo como este, a ação que acontece dentro desses espaços é o mais importante. Agradecidamente, Soulstice é divertido, embora sua jogabilidade venha com uma grande pegadinha.

Luzes, câmera, ação

Soulstice muitas vezes parece um jogo de ação PS2 da melhor maneira possível. Os jogadores enfrentarão ondas de inimigos em combates rápidos que recompensam os jogadores que realizam combos maciços e são classificados por seu desempenho no final de cada encontro. O combate é um pouco mais lento do que algo como baioneta mas se sente bem como Soulstice também incorpora algumas mecânicas únicas nesta fórmula de jogo de ação.

A maioria deles gira em torno de Lute, a irmã mais nova de Briar, que está magicamente ligada a ela como uma Sombra. Lute atacará os inimigos por conta própria, mas os jogadores também podem controlá-la para evitar ou desviar alguns golpes poderosos. Algum Soulstice os inimigos também são codificados por cores azul e vermelho. Os ataques regulares de Briar rebatem nesses inimigos, então os jogadores devem fazer com que Lute crie um Campo de Evocação para danificar os inimigos azuis ou um Campo de Banimento para ferir inimigos vermelhos com Lute. Isso não pode durar para sempre, pois a entropia de Lute drena lentamente e pode eventualmente fazer com que ela desapareça completamente por um curto período de tempo se acabar.

Batalhas em Soulstice são um equilíbrio constante de ativação e desativação desses campos para construir seus combos e aumentar a unidade de Briar e Lute. No máximo de Unity, os jogadores podem usar um ataque de sinergia especial no final dos combos ou entrar em Berserk, o que os fortalece um pouco e elimina a necessidade de campos. Se eles estiverem com pouca saúde quando você fizer isso, pode matar o jogador se eles completarem um minijogo rápido enquanto Briar ataca por conta própria. No geral, este é um sistema de ação profunda que qualquer fã do gênero pode apreciar, pois traz novas ideias para a mesa. Só há um problema: Soulstice tem uma das piores câmeras que experimentei em anos.

Sempre que o combate de perto ocorre perto de uma parede em uma luta onde os jogadores podem controlar a câmera, Soulstice câmera tem um ajuste. E como Ilden é uma cidade com muitas muralhas gigantescas, pode-se ver como isso se torna um grande problema. A câmera ficará presa e não apontará na direção correta, tornando difícil ver quem ou onde você está atacando. O sistema de travamento também é lamentável, pois faz com que a câmera gire descontroladamente se um inimigo for derrubado ou se um for morto e a câmera travada se mover para um novo inimigo. Esses problemas de câmera aumentam exponencialmente a dificuldade de alguns encontros, ou seja, contra um tipo de inimigo que é melhor atacado por trás e gera outros inimigos que tentam revivê-lo após sua morte.

Verdadeiramente AA

Seja por falta de experiência no gênero ou apenas algo que os desenvolvedores não conseguiram resolver antes do lançamento, esses problemas de câmera atrapalham o jogo e me impedem de recomendá-lo a qualquer pessoa. Se você é um fã de jogos de ação que aprendeu a lidar com câmeras ruins antes, essa é uma visão criativa de um subgênero clássico de jogos de ação.

Em uma época em que copiar a fórmula Soulslike está na moda, é bom jogar algo que remete ao tipo de jogo de ação que costumava ser mais popular. Baioneta 3 provavelmente comerá o almoço deste jogo em um mês se tiver um pouco mais de profundidade e polimento AAA, mas até lá, Soulstice fornece uma alternativa válida com muita criatividade e paixão em exibição que supera seu peso.

Embora não seja incrível, fico feliz que a cena AA seja saudável o suficiente para termos jogos como Soulstice. Ele tem uma visão única para um jogo e a executa de todo o coração. Está disposto a correr riscos e dar um toque ocidental em um subgênero predominantemente japonês. E embora os problemas da câmera se mantenham Soulstice de pé de igual para igual com grandes nomes do gênero, os fãs de jogos de ação clássicos dos anos 2000 irão apreciar um jogo confiante que recaptura seus espíritos.

Tendências digitais revisadas Soulstice no computador.