Desde o acidente devastador que tirou a vida de Anne Heche, li muitos comentários do tipo “Ah, ela foi ótima em [insert name of movie or series here].” E o branco é quase sempre preenchido de forma diferente, devido ao fato de que em sua carreira de 35 anos, ela fez de tudo, desde blockbusters a filmes independentes e televisão suficiente para preencher a agenda de uma rede por uma semana. Para mim, o espaço em branco é preenchido com Outro mundo.

Em 1987, uma Heche então adolescente não apenas causou uma boa impressão em sua estréia na televisão na novela da NBC, ela fez uma impressão duradoura. Um pouco milagrosamente, também, considerando que ela não apenas estava substituindo uma popular vencedora do Emmy (Ellen Wheeler), mas a recém-chegada estava lidando com dois papéis, os de gêmeos impertinentes e bonzinhos Victoria e Marley Hudson.

Heche começou a correr, porém, trazendo uma eletricidade para a tela que mais do que compensava o quão verde ela era. O novato diurno era imparável, inegável, um ponto de exclamação em um mar de períodos. E oh, que belo trabalho ela fez ao distinguir o gentil Marley da impetuosa irmã Victoria. O mesmo fogo pode ter queimado dentro dos irmãos, mas seu intérprete os tornou tão únicos quanto um colar de pérolas e um diamante bruto.

Heche não poderia saber, ao ganhar um Emmy de 1991 ao sair da novela, que ela acumularia uma série de créditos o suficiente para preencher uma lista telefônica. No entanto, eu – e suspeito que muitos de nós que emocionaram com sua primeira virada de estrela – pudemos ver isso chegando. Sua estrela brilhava demais para ser negada.



Com informações de TV Line.

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António César de Andrade

Apaixonado por tecnologia e inovação, traz notícias do seguimento que atua com paixão há mais de 15 anos.