Um ex-gerente de TI da Marinha dos EUA foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão por invadir um banco de dados, roubar informações de identificação pessoal (PII) e vendê-las na dark web.
O homem, Marquis Hooper, 32 anos, de Selma, Califórnia, que era suboficial, abriu sob falsos pretextos uma conta em uma empresa privada que opera um banco de dados contendo informações de identificação pessoal de milhões de indivíduos.
Embora a empresa forneça acesso ao banco de dados apenas para empresas e agências governamentais que demonstrem uma necessidade legal de PII, Hooper alegou que precisava da conta para realizar verificações de antecedentes em nome da Marinha.
Hooper então adicionou à conta sua esposa e co-réu, Natasha Chalk, uma reservista da Marinha, e juntos eles roubaram as PII de mais de 9.000, que depois venderam na dark web, por US$ 160.000 em Bitcoin.
De acordo com documentos judiciais, pelo menos alguns dos compradores usaram as PII para cometer crimes, como criar carteiras de motorista falsas para sacar dinheiro da conta da vítima.
Hooper abriu a conta em agosto de 2018, mas a empresa que administra o banco de dados a fechou em dezembro de 2018, por suspeita de fraude.
Para recuperar o acesso ao banco de dados, Hooper instruiu um co-conspirador não indiciado a abrir uma nova conta na empresa, oferecendo-se para pagar US$ 2.500 por cada mês em que a conta fosse aberta.
O co-conspirador tentou abrir a conta usando os mesmos pretextos de Hooper, mas a empresa exigiu a confirmação de um oficial da Marinha.
De acordo com os documentos judiciais, Hooper forneceu ao co-conspirador um contrato falso, uma carteira de motorista falsa e uma carta falsa supostamente de um comandante da Marinha, todos criados usando as PII de uma vítima de roubo de identidade.
Os documentos falsos, que supostamente identificavam um oficial da Marinha, foram apresentados à empresa, mas esta não abriu a nova conta no banco de dados, mostram os autos.
Com sentença marcada para 20 de novembro, Natasha Chalk pode pegar até 20 anos de prisão e multa de US$ 250 mil.