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São Francisco, 11 de agosto (IANS) O Facebook está ganhando dinheiro por meio de grupos supremacistas brancos, veiculando anúncios em pesquisas de grupos perigosos como “Ku Klux Klan”, apesar da proibição de tal conteúdo na plataforma.

Um relatório do Tech Transparency Project revelou que mais de 80 grupos de supremacia branca estão presentes no Facebook, incluindo alguns que o próprio Facebook rotulou como “organizações perigosas”.

“Além disso, quando nosso usuário de teste pesquisou os nomes de grupos supremacistas brancos no Facebook, os resultados da pesquisa foram frequentemente monetizados com anúncios – o que significa que o Facebook está lucrando com eles”, disse a organização sem fins lucrativos em comunicado na quarta-feira.

O estudo descobriu que os anúncios apareceram em 40% das consultas dos grupos supremacistas brancos.

“Esse é um resultado assustador, dados os relatos de que o atirador que matou 10 pessoas no recente tiroteio em massa racialmente motivado em Buffalo, Nova York, fez uma pesquisa para escolher um bairro alvo com uma alta proporção de moradores negros”, observou o estudo.

A investigação também descobriu que, apesar de anos de avisos de que as ferramentas algorítmicas do Facebook estão levando os usuários ao extremismo, a plataforma continua a gerar automaticamente Páginas para organizações de supremacia branca e direcionar usuários que visitam Páginas de supremacia branca para outros conteúdos extremistas.

Além disso, o Facebook está falhando em seu esforço de redirecionar os usuários que procuram por termos de ódio para sites que promovem a tolerância, mencionou o relatório.

A análise descobriu que mais de um terço (37%) dos 226 grupos de supremacia branca tinham presença no Facebook.

Essas organizações estão associadas a um total de 119 Páginas do Facebook e 20 Grupos do Facebook.

“O Facebook muitas vezes monetizou as buscas por esses grupos, mesmo quando seus nomes estavam claramente associados à supremacia branca, como ‘American Defense Skinheads'”, disse o relatório.

O Facebook também monetizou pesquisas por grupos em sua própria lista de “organizações perigosas”, acrescentou.

As buscas por alguns grupos supremacistas brancos, incluindo aqueles com “Ku Klux Klan” em seus nomes, mostraram anúncios de igrejas negras, levantando preocupações de que o Facebook esteja destacando possíveis alvos para extremistas.

“As recomendações algorítmicas do Facebook geralmente direcionavam os usuários que visitavam páginas de supremacia branca para outros conteúdos extremistas ou odiosos”, disse o relatório.

Um porta-voz da Meta disse que 270 grupos designados pela empresa como organizações supremacistas brancas foram banidos do Facebook.

“Continuaremos a trabalhar com especialistas e organizações externas em um esforço para ficar à frente do conteúdo violento, odioso e relacionado ao terrorismo e remover esse conteúdo de nossas plataformas”, disse a rede social.

Em 2020, mais de 1.000 anunciantes boicotaram o Facebook por lidar com discurso de ódio e desinformação.

(Exceto pelo título, o restante deste artigo do IANS não foi editado)

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Com informações de Digit Magazine.