O investimento em energia nuclear está mudando o setor de energia americana. Bill Gates, Sam Altman e Peter Thiel investiram bilhões para garantir eletricidade estável para inteligência artificial e manter a competitividade dos Estados Unidos com a China.

Esta história é baseada em dados e declarações da Agência Internacional de Energia, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e fontes do setor.

A Agência Internacional de Energia projeta que a produção de eletricidade nuclear atingirá um recorde em 2025, que fornece quase 10 % da energia global.

Esse crescimento ocorre quando os data centers e as operações da IA ​​levam a demanda por energia para os novos níveis. Bill Gates investiu mais de US $ 1 bilhão em Territórioque está construindo um reator de próxima geração no Wyoming.

Sam Altman preside a Oklo, uma empresa que desenvolve reatores pequenos e modulares que prometem custos mais rápidos e mais baixos. Peter Thiel apoiou Helion, uma startup que funciona em fusão nuclear.

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Enquanto isso, a China aprovou a construção de dez novos reatores este ano, com 30 atualmente em andamento.

O Conselho de Eletricidade da China espera que a capacidade nuclear do país atinja 65 gigawatts até o final de 2025, com um objetivo de longo prazo de 200 gigawatts até 2040.

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Se essas tendências continuarem, a China excederá os Estados Unidos como o principal produtor de energia nuclear do mundo até 2030.

O Exército dos EUA também vê nuclear como uma solução para suas vulnerabilidades energéticas.

O Departamento de Defesa explorou pequenos reatores para operações de base e termo, com o objetivo de reduzir a dependência de redes civis frágeis e linhas de suprimentos longas.

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No entanto, os Estados Unidos enfrentam um desafio no fornecimento de urânio. As reservas nacionais cobrem necessidades de curto prazo, mas aproximadamente 45 % do combustível nuclear dos EUA vem do exterior, e futuros atrasos de aquisição podem criar riscos.

O impulso da grande tecnologia em nuclear não é sobre ideologia. É um cálculo comercial: AI, computação em nuvem e infraestrutura digital precisam de energia vasta, estável e limpa.

A energia nuclear, com sua alta produção e baixa emissão, se encaixa na fatura.

Essa mudança indica uma nova era na energia dos Estados Unidos, promovida pelas necessidades práticas da indústria e da segurança nacional, não apenas dos objetivos ambientais.

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António César de Andrade

Apaixonado por tecnologia e inovação, traz notícias do seguimento que atua com paixão há mais de 15 anos.