Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando você pensa em proteger os seus dados no mundo digital? Muitas pessoas costumam pensar que somente uma senha forte já é suficiente para garantir que suas informações não caiam em mãos perigosas. Mas, à medida que a tecnologia avança e torna seus usuários cada vez mais dependentes de suas ferramentas, aumenta também o número de situações de riscos e ameaças à segurança cibernética.
Não só as redes sociais, como também as compras online, processos de documentação e muitas outras atividades que a tecnologia proporciona precisam de medidas que garantam a proteção e integridade dos dados próprios e de seus usuários. Grandes empresas e órgãos governamentais também já entrelaçam vários serviços ao mundo virtual, o que faz a necessidade de estabilização ser ainda maior. E é nesse contexto que entra a segurança cibernética, ou cibersegurança.
Neste artigo, vamos explorar o mundo da segurança cibernética: sua importância para empresas e indivíduos, as ameaças mais comuns do momento, as melhores práticas de segurança e muito mais!
O que é segurança cibernética?
A segurança cibernética pode ser definida como uma série de processos, práticas e soluções tecnológicas que auxiliam na proteção de redes, sistemas, dispositivos e outras informações sensíveis que estão disponíveis no mundo virtual contra ataques ou uso não autorizado.
O principal objetivo da cibersegurança é, sobretudo, garantir a confidencialidade e a integridade das informações digitais de empresas e usuários, evitando que eles sejam vítimas de crimes como fraudes, por exemplo, ou que grandes sistemas sejam desestabilizados e gerem danos à sociedade.
O sucesso de uma abordagem de segurança digital não deve se resumir a um programa ou diretriz. Na verdade, tanto as pessoas quanto os processos e os recursos tecnológicos devem estar alinhados para garantir a defesa eficiente dos dados disponíveis online.
São várias estratégias e atividades que fazem parte da segurança cibernética. A implementação de firewalls, antivírus e autenticação minuciosa até a educação dos usuários sobre boas práticas e monitoração constante de eventos suspeitos no mundo virtual são alguns exemplos.
Por que a cibersegurança é importante?
Não é difícil perceber que estamos num mundo cada vez mais conectado. A tecnologia permeia quase todas as facetas da vida contemporânea e, com isso, a segurança cibernética assume um papel extremamente importante para assegurar que seus benefícios sejam aproveitados de forma segura e protegida.
Hoje em dia, precisamos dos aparatos digitais em diversos contextos: desde transações bancárias, redes sociais, compras online, viajar, serviços médicos e muito mais. A realização dessas atividades demanda a troca e o armazenamento de inúmeros dados sensíveis, como informações pessoais e financeiras, até documentos corporativos e dados governamentais.
Nesse sentido, práticas e processos de segurança cibernética são essenciais para que a confidencialidade, integridade e disponibilidade dessas informações no mundo digital sejam garantidas. Caso contrário, tanto os usuários quanto as empresas e órgãos governamentais ficam suscetíveis a sofrer roubos de identidade, fraudes financeiras, interrupções de serviços essenciais e, em casos mais graves, até espionagem.
Ademais, as estratégias de segurança cibernética são muito vantajosas quando se trata de dinheiro. Isso porque as violações de dados trazem muitas consequências e danos para as organizações: elas não só mancham a reputação da empresa e ferem a confiança do cliente, como também afetam suas operações comerciais e, consequentemente, sua capacidade financeira.
Principais tipos de segurança cibernética
Como falamos, a segurança cibernética se trata de uma gama de práticas, estratégias e processos diversos que, juntos, colaboram para a proteção dos dados virtuais de usuários, empresas e órgãos governamentais. Com isso, existem algumas soluções que podem ser listadas como as principais do ramo da cibersegurança:
Segurança cibernética de infraestruturas essenciais
Trata-se de estratégias e práticas de segurança digital voltadas para sistemas virtuais cujas operações devem ser ininterruptas, como energia, transporte, saúde e comunicações. Dessa forma, é possível evitar a paralisação de suas atividades, a perda de dados sensíveis e, consequentemente, grandes danos à sociedade.
Segurança na nuvem
São estratégias e práticas de proteção das tecnologias de nuvem, que hospedam infinitas informações e aplicativos, contra a violação de dados e configurações incorretas.
Segurança de rede
É a proteção da infraestrutura de rede e seus dispositivos conectados contra o uso indevido e a violação de dados. O uso de tecnologias como firewalls e controle de acesso à rede são exemplos de estratégias desse tipo de cibersegurança.
Segurança de dados
Abrange todas as práticas e estratégias adotadas na proteção de dados contra vazamentos, roubo ou acessos não autorizados. O maior objetivo é preservar a confidencialidade e a integridade desses dados, a partir de táticas como criptografia, gerenciamento de chaves, controles de acesso de usuário, entre outras.
Segurança da IoT
A segurança da IoT (Internet das Coisas) está relacionada à proteção dos dispositivos que operam de forma remota online, que podem variar desde objetos do dia a dia até grandes sistemas industriais. Esse tipo de cibersegurança protege também as redes em que esses elementos estão conectados contra violações e ataques.
Um exemplo são os sistemas de alarme inteligente, que consistem no trabalho conjunto de diversos sensores e um hub central. Quando detectam atividades suspeitas, os sensores são acionados e enviam um alerta a esse hub que, por sua vez, notifica o proprietário por meio de um aplicativo.
Segurança de aplicações
Tratam-se das estratégias de proteção de aplicações contra o uso indevido ao longo do seu desenvolvimento. Elas podem ser executadas na nuvem, em dispositivos clientes ou em servidores locais – o importante é garantir que os dados contemplados nas aplicações continuem em segurança.
Segurança de endpoints
Diz respeito à proteção de dispositivos “finais” que estão conectados a uma rede, como celulares, computadores, notebooks, tablets e dispositivos IoT, contra ataques cibernéticos. Isso é feito a partir da instalação de antivírus, firewalls, autenticação de redes, entre outros.
Orquestração, automação e resposta de segurança (SOAR)
É uma abordagem que possibilita que as equipes responsáveis pela segurança identifiquem e solucionem ameaças cibernéticas e incidentes de forma mais rápida e eficaz. Isso é feito a partir da automação de processos e práticas de segurança, a orquestração entre equipes e a implementação de fluxos de trabalho previamente definidos.
Gerenciamento de eventos e informações de segurança (SIEM)
Trata-se de um conjunto de práticas que envolvem a coleta, correlação, análise e monitoramento de eventos e dados de segurança, com o objetivo de identificar atividades suspeitas e ameaças cibernéticas em uma organização.
As soluções de SIEM são amplamente utilizadas por analistas de segurança para desenvolver respostas rápidas para ataques e acessos não autorizados. Ademais, essas informações servem de insumo para o estudo e a implementação de novas estratégias de monitoramento e investigação desses incidentes.
Ataques cibernéticos: o que são?
Com o aumento de dispositivos conectados ao redor do mundo, a proteção de dados nas redes tem se tornado um verdadeiro desafio. Isso porque, assim como as tecnologias de segurança estão mais robustas, os métodos de comprometimento de informações desenvolvidos por indivíduos ou grupos mal-intencionados também estão mais sofisticados.
São os chamados ataques cibernéticos, que podem ser definidos como ações maliciosas e deliberadas que têm como principal objetivo comprometer redes, dispositivos e dados digitais, sendo capazes de desestabilizar desde dispositivos específicos até grandes sistemas.
Essas ameaças aproveitam das vulnerabilidades de segurança desses elementos para obter o acesso não autorizado, interromper operações e causar danos no geral. Existem vários tipos de ataques cibernéticos, cada um com suas peculiaridades, motivações e consequências, como veremos a seguir.
Os tipos mais comuns de ameaças cibernéticas
Malware
É um termo genérico que engloba qualquer tipo de software com más intenções, projetado para danificar sistemas, dispositivos ou redes. Esses danos são causados de diversas maneiras: alterando ou excluindo informações, roubando dados sensíveis e confidenciais, enviando emails maliciosos, entre outros. Para isso, os malwares assumem formas diferentes, como vírus, worms, trojans, spywares e ransomwares.
Ransomware
Trata-se de um tipo mais avançado de malware, que faz a criptografia de arquivos para impedir o uso de um sistema. Dessa forma, o usuário perde o acesso a seus dispositivos ou rede e é extorquido para desbloqueá-los, sendo obrigado a pagar por uma chave de descriptografia para tê-los de volta. Nem sempre o pagamento é uma garantia da recuperação dos arquivos, uma vez que nem todas as chaves de descriptografia funcionam.
Phishing
É um método de ataque cibernético em que os criminosos fingem ser de uma fonte confiável para convencer o usuário a compartilhar dados sensíveis ou clicar em links desconhecidos. O phishing é feito por meio de grandes campanhas de emails, mensagens de texto ou caixas postais, que são enviadas para várias pessoas até que uma delas caia.
Um exemplo muito comum atualmente é o de golpes bancários, em que os criminosos fingem ser funcionários de agência para recolher informações como senhas de cartão e de contas de usuários mais vulneráveis.
Ameaças internas
É quando uma pessoa que tem acesso autorizado à rede ou dispositivos de uma organização viola as regras de segurança e causa danos. Um exemplo é quando um funcionário compartilha acidentalmente informações confidenciais da empresa em uma conta pessoal. Nem sempre essas ameaças são intencionais.
Ameaça persistente avançada
Trata-se de ataques virtuais coordenados e duradouros, grande parte das vezes são conduzidos por Estados-nação ou grupos criminosos que têm como principal objetivo roubar informações confidenciais de organizações e indivíduos para se infiltrar em seus sistemas. Tudo isso é feito de uma forma muito discreta por parte dos invasores, o que dá a eles mais tempo para explorar esses sistemas e violar sua segurança.
Exploits de IoT
É um método de ataque cibernético em que os criminosos aproveitam da vulnerabilidade de dispositivos IoT, como eletrodomésticos inteligentes e sistemas de câmeras de segurança, para obter acesso não autorizado e controlá-los. Dessa forma, os invasores podem executar diversas ações prejudiciais, como o roubo de dados ou a coordenação de ataques em larga escala, por meio desses dispositivos.
Engenharia social
É quando invasores usam táticas manipulativas para obter informações sensíveis e o acesso não autorizado a sistemas e redes. Os criminosos criam situações enganosas e se passam por pessoas ou entidades de confiança para persuadir os alvos a revelar dados confidenciais.
Proteja seus dados: 5 melhores práticas de segurança cibernética
Com as ameaças e ataques cibernéticos cada vez mais avançados, o desenvolvimento de medidas eficazes de proteção na área da cibersegurança se mostra fundamental para garantir que seus usuários, empresas e organizações fiquem seguros no mundo virtual. Confira as 5 principais delas:
1. Mantenha seus sistemas atualizados
Não adianta: mesmo que você seja a pessoa mais cuidadosa com os seus dados pessoais ou de sua empresa, sem a atualização e correções regulares de sistemas e softwares, você ainda estará correndo muitos riscos. Isso porque as atualizações e patches dos desenvolvedores, além de atuarem para corrigir bugs e outras falhas, também têm a correção de possíveis vulnerabilidades desses sistemas contra ameaças mais recentes.
2. Use a autenticação multifator
Hoje em dia, é muito comum as redes sociais e outras ferramentas oferecerem a autenticação de dois fatores para adicionar uma camada extra de segurança contra o acesso não autorizado às contas de seus usuários. Antes de completar o login, os sistemas de cibersegurança requerem mais uma forma de identificação de quem está realizando o acesso, para garantir que seja alguém autorizado.
Apesar de seguro, já existem alguns ataques que conseguem burlar esse método fornecido pelos apps. Para garantir uma proteção ainda maior, os usuários podem utilizar aplicativos de autenticação, como o Google Authenticator, que gera um código temporário para efetuar o login. Dessa forma, mesmo que o invasor tenha conhecimento da senha, ele não conseguirá completar a entrada na conta.
3. Conscientização de usuários e funcionários
As pessoas são a primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas. É por isso que a educação de usuários e funcionários acerca das práticas seguras no mundo virtual é tão importante: ao desenvolverem a capacidade de identificação de ataques, a proteção de senha, a atualização de sistemas e o reconhecimento de comportamentos suspeitos, há uma redução significativa do risco de incidentes de segurança.
4. Backup de dados sólido
Remediar é melhor que prevenir, mas nem sempre estamos 100% seguros contra os ataques cibernéticos. Por isso, é muito necessário que tanto pessoas físicas quanto organizações estabeleçam uma estratégia sólida para o backup de dados, para que seus arquivos e informações comprometidos ou perdidos por invasores possam ser recuperados sem grandes problemas. É importante fazer backups regulares, armazenar os dados em locais seguros e realizar testes periódicos de recuperação, lembrando-se também de sempre manter os sistemas atualizados para corrigir vulnerabilidades.
5. Implemente sistemas de monitoramento e detecção de ameaças
Sistemas que ajudam a monitorar atividades e detectar suspeitas em tempo real são ótimos aliados na luta contra invasões e ameaças de sistemas virtuais. Com eles, é possível identificar e responder rapidamente a esses problemas, o que mitiga as ameaças num estágio ainda inicial, sem chances dele se desenvolver para algo mais grave e comprometedor. Ferramentas como firewalls, sistemas de prevenção de intrusão (IPS) e soluções de análise de segurança são alguns exemplos.