Batman: Arkham City tem agora 10 anos e, olhando para a última década de entretenimento interativo, os livros de história mostram um jogo que foi construído em sua própria subestrutura e deu aos fãs um mergulho muito mais polido e confiante no mundo de Bruce Wayne. Enquanto Batman: a chegada de Arkham Asylum deu início a uma nova era de jogos de super-heróis, Arkham City é indiscutivelmente a base do gênero: uma exploração impressionante do personagem-título em uma caixa de areia cheia de ovos de Páscoa e supervilões que se tornaram a inspiração para os jogos que se seguiram em seu rastro.
O desenvolvedor Rocksteady Studios já havia estabelecido uma alta referência para si mesmo com Arkham Asylum de 2009, um coquetel viciante de ação furtiva, e trabalho de detetive dentro da prisão claustrofóbica que abrigava a galeria dos vilões do Batman, mas Arkham City ampliou tudo o que era memorável sobre aquele jogo e expandiu seu história. Com o Arkham Asylum praticamente destruído na violência do Coringa, uma grande parte de Gotham City foi transformada em uma prisão improvisada da qual até Snake Plissken teria problemas para escapar, cheia até a borda com prisioneiros perigosos e usada como depósito de lixo para qualquer oposição ao novo regime político de Gotham.
Spoilers para um jogo que agora tem uma década abaixo
Rocksteady deu início à história com o que parecia ser um golpe duplo de Bruce Wayne sendo jogado na prisão suburbana enquanto seu diretor – Hugo Strange – o provocava com o conhecimento de seu alter-ego, e a partir daí a história continuou a crescer até que chegou à sua conclusão cataclísmica. A morte do Coringa é tão contundente agora quanto era há uma década, graças aos atores Kevin Conroy e Mark Hamill que fizeram atuações que roubaram a cena no jogo.
Embora esse desfecho trágico possa ter sido prenunciado no início do jogo – verifique a pintura de Cain e Abel no cofre de Duas Caras quando a Mulher-Gato o invade – tudo o mais sobre o jogo é uma prova do excelente olho de Rocksteady para os detalhes e qualidade. O arsenal de ataques e dispositivos de quebrar ossos do Batman parecia melhor do que nunca para ser usado em seções de combate e predadores, mas é o mundo de Arkham City que merece mais elogios.
É uma prisão grotesca construída em favelas e marcos históricos, cercada por barreiras de aço e mercenários bem armados que estão mais do que dispostos a usar força letal para manter os mercenários dentro. Arkham City é um jogo de confiança desenfreada, jogando os jogadores em vários confrontos contra os supercriminosos mais corrompidos e perturbadores do Universo DC, desde uma luta poderosa com Solomon Grundy nas entranhas do museu de história nacional de Gotham a um duelo movido a drogas com Ra’s Al Ghul dentro da própria paisagem mental de Batman.
Melhor ainda, Arkham City permitia quedas orgânicas em missões paralelas, dando a outros vilões do Batman uma chance de ficarem sob os holofotes. Entre a festa do chá do Chapeleiro Maluco, as pistas terríveis deixadas para trás pelo assassino Hush e um encontro casual com Azrael quando ele alertou sobre um cataclismo, parecia que Rocksteady tinha conseguido de alguma forma espremer várias décadas de tradição dos cruzados com capa em um único disco de contente.
Tudo isso feito não apenas para um dos melhores jogos de super-heróis de todos os tempos, mas também para o padrão comercial da indústria. Até o Homem-Aranha da Marvel conseguiu destronar o cavaleiro das trevas em 2019, Batman: Arkham City foi o jogo de super-heróis mais vendido de todos os tempos. A influência de Arkham City e o resto da série na indústria é inegável, já que o modelo de ação do estúdio se tornou o padrão ouro que inspiraria vários jogos nos anos que viriam.
10 anos depois, vale a pena lembrar a lição que Rocksteady deu com uma sequência impressionante de engenhosidade e ambição, provando o quão dedicado o estúdio era para criar uma história do Batman que parecia autêntica e verdadeira para o maior detetive do mundo.
site pode receber uma comissão de ofertas de varejo.
