Os funcionários da Bungie, desenvolvedora de Destiny 2, recentemente reduziram sua comunicação nas mídias sociais em resposta a ameaças e assédio, e agora os processos judiciais no Canadá revelaram o quão intensas eram essas ameaças.
De acordo com um relatório do Registro da Região de Waterloo, em junho um juiz de Ontário ordenou que o provedor de serviços telefônicos anônimos canadense TextNow Inc. divulgasse o nome de clientes que fizeram “ameaças físicas racistas e graves” contra funcionários da Bungie. A decisão detalha algumas das ameaças feitas contra dois funcionários da Bungie, que incluem doxxing, tweets de assédio, telefonemas racistas e ameaças de violência.
O relatório do Record afirma que o assédio começou após um tweet na conta oficial do Twitter de Destiny 2, que incluiu um vídeo com o streamer do Twitch Uhmaayyze, que costuma fazer raps freestyle enquanto joga Destiny. O juiz do tribunal superior Fred Myers disse na decisão que, após o tweet, os funcionários da Bungie foram doxxed e assediados, com uma pessoa anônima enviando ameaças de matar funcionários da Bungie para contas do Twitter da Bungie.
“Pouco depois, vários funcionários da Bungie começaram a receber correio de voz e mensagens de texto em números de telefone pessoais e não publicados repetidamente usando o insulto racial conhecido coloquialmente como ‘N-word'”, disse o juiz.
Os telefonemas de assédio e ameaça continuaram para um funcionário da Bungie e os assediadores também enviaram mensagens de texto para o telefone de seu cônjuge, disse a decisão, enquanto também pedia pizza para a casa do funcionário, revelando que o assediador havia descoberto seu endereço residencial. Isso levantou a preocupação de que o assediador pudesse tentar “golpear” o funcionário da Bungie. O golpe envolve fazer relatórios falsos à polícia na tentativa de provocá-los a enviar uma resposta armada contra o alvo.
Dois funcionários da Bungie buscaram uma ordem judicial para obrigar a TextNow a identificar os clientes que fizeram as ameaças. O juiz concedeu essa ordem em junho, mas só divulgou a decisão um mês depois devido à gravidade do perigo que as alegações apresentavam. No momento, não está claro se a Bungie enfrentará os clientes que o TextNow identificou ou o que pode ser.
No mês passado, o gerente da comunidade da Bungie, Dmg04, discutiu em um comentário do Reddit alguns dos assédios que os funcionários receberam, descrevendo-os como muito mais sérios do que “respostas rudes no Twitter ou comentários vagos”.
“Aqui está a coisa, o assédio com o qual falamos não são apenas respostas rudes no Twitter ou comentários vagos”, escreveu Dmg04 no Reddit. “Houve ameaças reais para nosso pessoal e nosso estúdio. Estamos levando-os a sério, o que está levando a uma quantidade reduzida de comunicações, pois a equipe planeja proteções/estratégias futuras para ajudar a evitar esse tipo de coisa.”
Dmg também escreveu que tirou uma folga de seu trabalho na Bungie em parte por causa do assédio que ele e sua família receberam.
“Nada disso é uma punição para as pessoas que podem deixar comentários claros e respeitosos para nossos desenvolvedores, lembre-se”, escreveu Dmg04. “Não há casos na Bungie em que as pessoas olhem ativamente para uma conversa e planejem ações de retaliação contra nossa base de jogadores por meio de hotfixes, atualizações ou estratégias de comunicação. levar meses, assim como qualquer pipeline de desenvolvimento, pois queremos o que é melhor para nossos jogadores E nossos funcionários. Dito isso, não podemos simplesmente seguir ‘negócios como de costume’ até que as coisas sejam resolvidas. É chato, mas queremos certifique-se de que as pessoas estão seguras e cuidadas.”
Atualmente, a Bungie está processando um jogador que acusa de quebrar regularmente seus termos de serviço e assediar Dmg. Neil Paris, advogado que representa os funcionários da Bungie no processo da TextNow, disse ao The Record que “essas razões para a decisão não estão relacionadas a nenhum outro litígio que tenha sido relatado na mídia”.
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Via Game Spot. Post traduzido e adaptado pelo Cibersistemas.pt
