Todo objeto em Bom trabalho é fisicamente reativo, dando a cada pequeno impacto o potencial de desencadear uma reação em cadeia de destruição. Cada nível é projetado com isso em mente, forçando você a navegar por portas muito pequenas para puxar objetos, por corredores sinuosos cheios de vasos e pinturas precariamente colocados e por cabos elétricos que capturam qualquer coisa que você possa estar arrastando com você. Eles são apresentados não apenas como obstáculos, mas como oportunidades divertidas de criar o caos que facilita um pouco o seu trabalho.
Os cabos elétricos, por exemplo, podem ser usados como estilingues para cadeiras de escritório ou fotocopiadoras inúteis, permitindo que você atravesse paredes para criar rotas mais curtas ou grandes portas. Você pode redirecionar os cabos para mover outros funcionários, impedindo também o seu progresso, desconectando a televisão perturbadora em que estão fixados e forçando-os a voltar ao trabalho. Os limpadores de piso motorizados lidam com um derramamento em um piscar de olhos, mas também podem atuar como um veículo pouco controlável que desloca quase tudo à sua frente. A maioria das ferramentas e equipamentos de escritório da Good Job funciona como você espera, mas tem a flexibilidade de transformá-los em meios ridículos para cumprir seus objetivos.
Esses objetivos mudam a cada nível, vinculando os temas de cada um dos nove andares diferentes. Eles mudam rapidamente de espaços de trabalho corporativos previsíveis para biomas coloridos cheios de pequenos lagos e vegetação transbordante e laboratórios primitivos que abrigam robôs automatizados e uma variedade de equipamentos químicos. O tema de cada andar é uma mudança bem-vinda, e os poucos níveis dentro de cada um têm um ritmo acelerado e evitam atrasar sua recepção. Existem alguns níveis que são muito maiores em tamanho do que os demais, o que torna a navegação neles em seu ritmo de caminhada um pouco trabalhosa. Sem o controle direto da câmera, também é mais desafiador pesquisar esses níveis maiores, em oposição aos mais independentes, tornando-os muito menos divertidos.
Cada andar também apresenta novas mecânicas, e o Good Job os combina continuamente com novos tipos de objetivos e giros inteligentes para repetir. O processo de limpar uma bagunça é expandido em um nível posterior, em que você navega em um laboratório com um cubo rosa gelatinoso em expansão que absorve a umidade ao seu redor à medida que cresce. É funcionalmente o mesmo mecânico - você está se movendo por um espaço e limpando uma bagunça líquida - mas os meios para fazê-lo mudam o suficiente para fazê-lo parecer novo. Observar o cubo transformar sua forma em portas estreitas criadas por tubos suspensos dá ao objetivo uma sensação única, fazendo com que ele se destaque em vez de se misturar com estágios semelhantes.
Este é um dos muitos exemplos, com o Good Job combinando suas várias engenhocas de escritório para permitir que você crie suas próprias soluções para quebra-cabeças. Existem maneiras óbvias de atingir seus objetivos, e não houve quebra-cabeças que me deixaram pensando em uma solução por mais de um momento. Descobrir como concluir um nível de uma maneira diferente foi sempre satisfatório, graças às reações imprevisíveis que você precisa descobrir para obter uma solução. É gratificante tropeçar em ações que você pode não ter considerado - no meu caso, como um aspirador de pó sobrecarregado pode ser usado como um explosivo móvel para destruir layouts de níveis restritivos - que levam a bolsões de descobertas alegres. Você pode jogar Good Job sozinho ou com amigos em jogo cooperativo, e suas soluções maleáveis de quebra-cabeça me permitiram completar confortavelmente cada uma, independentemente de quantas outras pessoas eu estivesse jogando.
Em algumas ocasiões, o Good Job fica muito complexo com seus quebra-cabeças para o seu estilo de jogo suportar. Algumas soluções exigem um grau de precisão que é frustrante e insatisfatório para corresponder. Em um exemplo, tive que rolar três pedras grandes para um jardim zen, colocando cada uma em um buraco específico. Rolá-los em uma direção específica já era bastante desafiador, mas fazê-los sair do local marcado com o menor toque tornou irritante alinhar cinco em estreita proximidade um do outro. Em outro estágio, fui encarregado de limpar completamente o chão de um laboratório, forçando-me a procurar por pequenos pixels de tinta no chão, repletos de objetos derrubados e colaterais destrutivos. Nos dois casos, o Good Job abandona a liberdade que incentiva para encontrar soluções para seus quebra-cabeças e perde a maior parte de seu prazer no processo.
Esses momentos são fugazes e pouco frequentes para afastar a maioria dos charmosos e envolventes quebra-cabeças de Good Job. Ele encontra um meio termo entre ser um playground destrutivo e um quebra-cabeças inventivo, com variedade suficiente para fazer com que seu breve tempo de jogo pareça bem equilibrado. Você certamente não é a melhor pessoa para qualquer um dos trabalhos em que se dedica, mas é muito divertido descobrir tudo isso de qualquer maneira e ainda fazer o trabalho no final do dia.
