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Uma equipe de pesquisadores internacionais do Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha construiu um novo teste fácil de usar que pode diagnosticar doenças não infecciosas, como ataques cardíacos e câncer, mais rapidamente.

O novo teste, chamado CrisprZyme, funciona detectando sinais moleculares no corpo chamados biomarcadores, que já são usados ​​em testes como Covid-19, onde a presença de genes SARS-CoV-2 indica Covid.

Existem também biomarcadores para doenças não infecciosas: por exemplo, o antígeno específico da próstata (PSA) no sangue pode às vezes atuar como um biomarcador para indicar a presença de câncer de próstata.

Testes de diagnóstico baseados em RNA ou DNA geralmente exigem temperaturas controladas e envolvem várias etapas. O novo teste pode ser usado à temperatura ambiente em um processo fácil de usar.

Os pesquisadores esperam que isso possa permitir diagnósticos mais rápidos e fáceis em ambientes como cirurgias de GP, bem como em clínicas com recursos limitados em países em desenvolvimento.

“Além de potencialmente aumentar o acesso a diagnósticos em países em desenvolvimento, essa tecnologia pode nos aproximar um pouco mais do diagnóstico personalizado em casa ou no consultório de GP”, disse Marta Broto, do Departamento de Materiais da Universidade Imperial.

“Ao simplificar os testes de diagnóstico clínico, poderemos fornecer aos médicos as ferramentas certas para testar na mesma cirurgia de GP, em vez de ter que reagendar para análises de acompanhamento e exames de sangue”, acrescentou.

CrisprZyme baseia-se em testes de diagnóstico CRISPR, que usam RNA, o mensageiro que ajuda a criar proteínas, para detectar biomarcadores em fluidos biológicos como sangue ou urina.

O CrisprZyme aprimora a tecnologia substituindo o processo de amplificação pela análise colorimétrica – método que determina a quantidade de biomarcador presente sem a necessidade de amplificação.

Isso elimina a necessidade de controle de temperatura e etapas adicionais, e também pode revelar quanto de um biomarcador está presente em uma amostra, explicou a equipe no artigo publicado na revista Nature Nanotechnology.

“Após mais desenvolvimento e testes em laboratório, esperamos que isso possa nos ajudar a dar um passo mais perto da medicina personalizada, na qual o tratamento é adaptado mais especificamente às necessidades dos pacientes”, disse a professora Molly Stevens FRS FREng, do Departamento de Materiais e Bioengenharia da Imperial.

Com informações de Digit Magazine.