Uma nova técnica de exploração visando uma recente vulnerabilidade Citrix Application Delivery Controller (ADC) e Gateway pode ser usada contra milhares de dispositivos não corrigidos, afirma a empresa de segurança cibernética Bishop Fox.

Rastreado como CVE-2023-3519 e corrigido na semana passada, o bug de gravidade crítica pode ser explorado para executar código arbitrário remotamente, sem autenticação, em dispositivos vulneráveis ​​configurados como gateway ou servidor virtual AAA.

Na semana passada, a CISA alertou que os ataques que exploram a falha foram vistos desde junho de 2023, em pelo menos um caso visando uma organização de infraestrutura crítica.

Na sexta, Bispo Fox advertiu de uma nova forma de explorar a vulnerabilidade, que pode ser usada contra qualquer dispositivo definido como gateway ou servidor virtual AAA e que expõe uma rota específica habilitada por padrão em determinadas instalações.

“A vulnerabilidade é um simples estouro de pilha não autenticado. Isso é significativamente pior pelo fato de que as mitigações de exploração não protegem a função vulnerável em algumas versões”, observa Bishop Fox.

“O binário vulnerável é compilado sem PIE e com uma pilha executável e, na versão VPX, não há canário de pilha. Como resultado, a exploração é trivial. Nossa exploração retorna de forma limpa, sem travar o processo vulnerável”, continua a empresa de segurança cibernética.

A exploração, diz a empresa, é diferente das técnicas de exploração detalhadas anteriormente e não requer que o SAML seja habilitado. No entanto, detalhes técnicos sobre a rota vulnerável identificada não estão sendo divulgados agora.

Bishop Fox também observa que sua análise dos dispositivos vulneráveis ​​revelou a existência de cerca de 61.000 páginas de login do Citrix Gateway acessíveis pela Internet, com mais da metade desses dispositivos (aproximadamente 32.000) sem correção contra CVE-2023-3519.

Ademais, a empresa afirma que cerca de 21.000 aparelhos não corrigidos também expõem a rota vulnerável, o que os torna propensos à nova técnica de exploração.

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António César de Andrade

Apaixonado por tecnologia e inovação, traz notícias do seguimento que atua com paixão há mais de 15 anos.