Os esforços do Uber para construir um carro autônomo custaram à empresa cerca de US $ 2,5 bilhões ($ A3,5 bilhões) e ainda está longe de colocar um carro sem motorista nas estradas, de acordo com um novo relatório.[[
O Advance Technologies Group, da gigante da carona, tem sido assolado por brigas internas e reveses, relata The Information, levando a temores de que rivais como Waymo, de propriedade da Alphabet e a tecnologia de autodirecionamento da Apple, possam logo deixá-lo para trás.
Apesar de a equipe ter começado sua pesquisa em 2015, o carro autônomo do Uber “não dirige bem” e “luta com rotinas e manobras simples”, disse um gerente da unidade ao CEO Dara Khosrowshahi, disse o relatório.
“O talento ainda está aqui para realizar este trabalho, mas a crença está diminuindo”, disse ele.
O gerente deu o alarme porque o braço da empresa “simplesmente falhou em evoluir e produzir um progresso significativo em tanto tempo que algo precisa ser dito antes que um desastre se abata sobre nós”, de acordo com a The Information.
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As equipes dentro do grupo têm filosofias concorrentes, de acordo com o relatório, com membros que foram recrutados na indústria aeroespacial ou no governo focados acima de tudo na segurança, enquanto os engenheiros sentem que o progresso está indo muito devagar na esteira de um acidente de 2018 que viu um pedestre morto por um Uber que dirige sozinho no Arizona.
Os engenheiros acham que o Uber “corrigiu em excesso” após o acidente e “querem voltar aos … dias de fatalidade”, disse um membro da equipe ao The Information.
O Uber tem sido inflexível sobre seu compromisso público com a segurança de seus carros autônomos.
“Não estamos apenas criando software e jogando-o na estrada e vendo como funciona. Tudo o que fazemos tem de ter rigor na verificação (da segurança do software) ”, disse Eric Meyhofer, chefe da unidade autônoma, à The Information. “Isso pode causar frustrações, e eu também vejo isso.”
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Jon Thomason, que na semana passada revelou que estava deixando o Uber após três anos como chefe de engenharia de software da equipe autônoma em favor de um cargo de CTO na empresa de IA da Brain Corp, disse em sua carta de despedida que a equipe estava cada vez mais “atolada em muitos camadas de coisas que não são trabalho real e, o mais insidiosamente, atividades que nem mesmo levam ao trabalho real ”.
Os funcionários da unidade estão céticos quanto à capacidade do Sr. Khosrowshahi – o ex-CEO da Expedia – de responsabilizar a unidade.
O ex-CTO Thuam Pham, que saiu em abril, disse à publicação que nos últimos dois anos ele “levantou preocupações periodicamente” sobre quanto progresso estava sendo feito pela unidade.
“Simplesmente não entendo por que, de todas as medidas observáveis, isso não está progredindo”, disse ele. “Como é que não houve responsabilidade ou transparência.”
Khosrowshahi se recusou a comentar o relatório, mas Meyhofer defendeu o executivo, chamando-o de “mais do que proficiente” em sua compreensão dos objetivos autônomos do Uber.
Ele disse que o Sr. Khosrowshahi “definitivamente tem a capacidade de avaliar nossos marcos ou nosso progresso em relação aos nossos marcos ou para ajudar a articular em quais marcos pensar ou como ele gostaria que descrevêssemos nosso progresso”.
Meyhofer disse que a unidade autônoma, que no ano passado recebeu um investimento de US $ 1 bilhão (US $ A1,4 bilhões) de um fundo liderado pela Toyota, provavelmente levantaria fundos de investidores externos, já que a lucratividade ainda está a anos de distância.
“Desde que pegamos o primeiro dinheiro para investimento, isso começou a jornada de pensarmos em como ir longe”, disse ele. “Esperamos ter mais parcerias.”
As ações do Uber subiram 3,7 por cento na manhã de segunda-feira, depois que um juiz britânico lhe concedeu uma licença de táxi de 18 meses para continuar operando em Londres, um de seus maiores mercados.
Este artigo apareceu originalmente no New York Post e foi reproduzido com permissão.
