Dados pessoais de milhares de policiais e funcionários da Polícia da Grande Manchester foram hackeados de uma empresa que fabrica carteiras de identidade, o segundo ataque cibernético a afetar uma grande força policial britânica em menos de um mês.
Detalhes sobre crachás de identidade e cartões de mandado, incluindo nomes, fotos e números de identidade ou números de colares policiais, foram roubados no ataque de ransomware, disse a Polícia da Grande Manchester na quinta-feira. O fornecedor terceirizado não foi identificado.
A força disse que nenhum endereço residencial de policiais ou qualquer informação financeira sobre indivíduos foi roubada.
“Isso está sendo tratado com extrema seriedade, com uma investigação criminal liderada nacionalmente sobre o ataque”, disse o subchefe da polícia Colin McFarlane em um comunicado.
A Agência Nacional do Crime da Grã-Bretanha está liderando a investigação sobre o ataque de ransomware.
A federação que representa os oficiais na Grande Manchester disse que está trabalhando com a força policial para limitar os danos.
“Nossos colegas estão desempenhando algumas das funções mais difíceis e perigosas que se possa imaginar para capturar criminosos e manter o público seguro”, disse Mike Peake, presidente da Federação de Polícia da Grande Manchester. “Ter quaisquer dados pessoais potencialmente vazados para o domínio público desta maneira – para que todos possam ver – causará, compreensivelmente, preocupação e ansiedade a muitos policiais.”
O ataque segue-se à notícia de 26 de agosto de que a Polícia Metropolitana de Londres sofreu uma violação de segurança semelhante envolvendo um dos seus fornecedores. Também encaminhou o incidente à Agência Nacional do Crime.
As violações seguem-se a um incidente ocorrido em Julho, no qual o Serviço de Polícia da Irlanda do Norte reconheceu ter publicado inadvertidamente informações pessoais de mais de 10.000 agentes e funcionários em resposta a um pedido de liberdade de informação.
As autoridades temem que a informação tenha sido obtida por dissidentes do Exército Republicano Irlandês que continuam a organizar ataques ocasionais à polícia 25 anos após o acordo de paz da Irlanda do Norte.
