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Um documento de 54 páginas vazado por uma fonte para a Canadian Broadcast Corporation deixa claro que a editora da FIFA, Electronic Arts, está pressionando ativamente os jogadores a gastarem dinheiro em microtransações. O documento, fornecido por um vazador da EA Vancouver, parece ser uma apresentação que discute francamente a importância do modo FIFA Ultimate Team (FUT) alimentado por microtransações da FIFA.

“Estamos fazendo tudo o que podemos para levar os jogadores até lá”, diz uma parte da apresentação. Esse mesmo ponto se refere ao FIFA Ultimate Team como a “pedra angular” do jogo. Outra parte da apresentação detalha como os desenvolvedores do jogo usam “teasers de conteúdo” para tentar incentivar os jogadores a gastar dinheiro no Ultimate Team, resumindo essa estratégia como “todos os caminhos levam ao FUT”.

De acordo com a CBC, o insider se sentiu obrigado a vazar o documento porque ele e outros não gostam de trabalhar em videogames que incluem caixas de saque e outros elementos do tipo de jogo. Um representante da EA se recusou a comentar, a não ser para dizer que o documento foi “visto sem contexto”.

“Todos os jogos da EA podem ser jogados sem gastos com itens do jogo, e a maioria dos jogadores não gasta”, afirmou o representante.

De certa forma, essa notícia não deve surpreender ninguém que acompanhou as notícias sobre jogos nos últimos anos. Já está claro há um bom tempo que as microtransações são imensamente lucrativas como modelo de negócios, com a rival da EA, a Activision Blizzard, ganhando US $ 1,2 bilhão em receitas de microtransações no jogo em apenas três meses. Um escritório de advocacia entrou com uma ação coletiva contra a EA em 2020, alegando que o FIFA Ultimate Team é uma forma de jogo predatório. Por enquanto, porém, os loot boxes são legais na maioria das jurisdições, embora alguns países como o Reino Unido tenham encomendado estudos para determinar como exatamente eles afetam jogadores vulneráveis.

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